
A linha da meta nos Jogos Olímpicos é um lugar onde a vitória é alcançada e sonhos são conquistados. Há quase 60 anos, a Omega desenvolve continuamente a câmara de photo-finish, para garantir que o momento final de cada corrida seja capturado com indiscutível precisão.
Regresse no tempo até 1932, a primeira vez em que a Omega se encarregou das tarefas de cronometragem oficial dos Jogos Olímpicos. Nessa importante ocasião, a marca enviou um único cronometrista da Suíça até Los Angeles, munido de 30 cronógrafos de alta precisão. A longa viagem, feita de comboio, cruzando o Oceano Atlântico de barco e depois atravessando os Estados Unidos, talvez seja um símbolo do comprometimento e determinação que moldaram o legado de cronometragem da Omega. Naquele momento, esse único cronometrista não tinha como saber, mas a sua viagem foi o início de uma história que acabaria por mudar o mundo desportivo. Embora 17 recordes mundiais tenham sido quebrados naquele ano, ainda era uma época em que os atletas tinham de cavar os seus próprios blocos de partida com pequenas pás e as pessoas confiavam no olho humano para julgar todos os resultados. Até mesmo com 30 cronógrafos cronometrando em décimos de segundo, a precisão fiável ainda estava longe.
Magic Eye
Salte 16 anos e vá para os Jogos Olímpicos de 1948, marcados por uma viragem fundamental tanto para os cronometristas como para os atletas. A Segunda Guerra Mundial tinha interrompido os Jogos Olímpicos e, quando o evento voltou a ser organizado, foi em Londres que as máquinas começaram a superar os humanos em termos de precisão cronométrica pela primeira vez. A liderar a mudança revolucionária estava a primeira câmara de photo-finish do mundo, conhecida como “Magic Eye” (olho mágico). Esse dispositivo da Omega era capaz de produzir uma imagem revelada em oito minutos e distinguia a diferença entre os desempenhos das medalhas de ouro, prata e bronze com mais precisão do que qualquer outra tecnologia anterior.
O aparelho utilizado em Londres era uma câmara de imagem estática padrão de 35 mm montada em cima de uma caixa. Em frente à câmara ficava um tambor fixo que projectava o decorrer do tempo. Ao contrário da câmara de alta velocidade, que congela a acção, a câmara de photo-finish foi concebida para registar tudo o que acontece durante um período de tempo num espaço pré-determinado. Esse método de capturar várias “fatias de tempo” permite a criação de uma única fotografia composta que mostra cada atleta na hora em que cruzam a meta. Afinal, esta técnica é muito melhor para localizar exactamente as posições.
Como se fosse o destino, a nova câmara foi imediatamente colocada à prova na histórica final dos 100 m, na qual dois americanos, Harrison Dillard e Barney Ewell, disputaram entre si uma vitória acirrada. Ambos obtiveram o mesmo tempo de 10,3 segundos. Ewell pensou que tinha ganho e até começou a comemorar a vitória. No entanto, após consultarem a imagem de photo-finish, os árbitros designaram Dillard como vencedor e premiaram-no com a medalha de ouro. Embora consternado, Ewell pôde ver a fotografia por si próprio e aceitou dignamente o resultado. É interessante pensar quantas vezes a história do desporto poderia ter sido escrita de outra forma sem esta perícia electrónica.
Racend Omega
Quatro anos após Londres, uma nova geração de câmaras de photo-finish foi apresentada em Helsínquia. A “Magic Eye” melhorada foi rebaptizada de Racend Omega Timer e permitiu que os cronometristas dos Jogos Olímpicos de 1952 registassem tempos em centésimos de segundo. Numa estranha reviravolta, foi novamente a final masculina dos 100 m que necessitou de provas fotográficas para confirmar o resultado. Dessa vez, não eram apenas dois, mas sim os quatro primeiros corredores que eram quase impossíveis de separar. Talvez tenha sido a chegada em massa mais acirrada da história na final dos 100 m olímpicos. Após consultar a imagem, a medalha de ouro foi entregue a Lindy Remigino, dos Estados Unidos, e apenas 0,12 segundos o separavam do atleta que chegou em último. Quase repetindo o que tinha acontecido quatro anos antes, a câmara de photo-finish da Omega entrou em cena quando mais se precisava dela.
A aventura tecnológica da cronometragem foi certamente ganhando fôlego, mas a aventura física estava prestes a seguir um rumo muito distante. Para os Jogos Olímpicos de 1956, a Omega teve de transportar 2475 kg de equipamentos de cronometragem desde a Suíça até Melbourne, na Austrália. As 42 caixas foram expedidas em Agosto, a fim de chegarem a tempo para a abertura em 22 de Novembro. Por sorte, o transporte marítimo também operava com precisão, e todos os mecanismos necessários, incluindo uma nova câmara de photo-finish, chegaram sãos e salvos à Austrália.
Embora fiável, a antiga Racend Omega Timer tinha-se mostrado cara, pesada e difícil de manipular. Também precisava de ser instalada numa câmara escura para que o filme fosse revelado. A Omega superou esses desafios com um dispositivo simplificado que era independente, fácil de carregar e, ainda melhor, equipado com um tanque para revelação instantânea. Oito minutos de espera em 1948 viraram 90 segundos em 1956.
A evolução seguinte do photo-finish foram as versões 1 e 2 da Omega Photosprint – utilizadas respectivamente nos Jogos Olímpicos de 1968 e 1972. Agora, em vez de um tambor giratório posicionado na frente da câmara, o tempo era escrito directamente na fita do filme. Um minuto após a corrida, os cronometristas eram capazes de produzir aquela imagem aumentada de cada atleta a cruzar a linha da meta. Tão avançada, a Omega Photosprint permaneceria em utilização durante as várias décadas seguintes.
Scan‘O’vision
No final do século XX, o mundo tinha-se tornado digital. Sem ficar de fora, a câmara de photo-finish também tinha mudado ao longo do tempo. Quando a Omega Scan‘O’Vision foi lançada nos anos 1990, era capaz de medir tempos digitalmente em milésimos de segundo. Em 2008, quando os Jogos Olímpicos foram sediados em Pequim, a nova Scan‘O’Vision Star registava mais de 2.000 imagens por segundo com uma alta resolução de 2.048 pixels. Essa imagem extremamente detalhada permitiu aos árbitros fazer um zoom para a acção ainda mais perto do que antes.
Assim como qualquer pioneiro em tecnologia de excelência, a Omega é incansável na busca da cronometragem mais exacta possível. É por isso que, em 2016, no Rio, a incomparável Omega Scan‘O’Vision Myria será apresentada pela primeira vez nos Jogos Olímpicos. Uma câmara de photo-finish vermelha que se parece com um olho móvel no céu e pode registrar até 10.000 imagens digitais por segundo, utilizando um dispositivo de alta tecnologia para captura de imagens. Maior sensibilidade à luz significa que as imagens são de melhor qualidade do que nas versões anteriores da câmara de photo-finish, e, graças ao tamanho compacto, demora menos para ser montada e desmontada.
Quando os atletas competirem no Brasil, a Omega Scan‘O’Vision Myria será instalada na meta de corridas de velocidade, de obstáculos e de outros tipos, incluindo ciclismo. No momento decisivo, quando a vitória muitas vezes se dá num piscar de olhos, a imagem de cada atleta será capturada quando ele ou ela cruzar a linha da meta. E o mais importante é que serão essas informações que os árbitros utilizarão para determinar oficialmente o campeão.
Claro que a câmara de photo-finish é apenas uma pequena parcela das contribuições inovadoras da Omega para a cronometragem dos Jogos Olímpicos. A aventura de 84 anos foi marcada por muitos avanços técnicos, das pistas às piscinas. Tendo chegado tão longe, a tarefa agora é imensa e incomparável. Na verdade, antes dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio, a Omega enviará cerca de 480 cronometristas profissionais e operadores de dados, auxiliados por até mil voluntários locais especialmente treinados, utilizando 450 toneladas de equipamentos, incluindo painéis de resultados para os atletas e o público, quilómetros e quilómetros de cabos e fibra óptica, dezenas de geradores de TV e tecnologia de última geração para cronometragem e operação de dados com relação aos resultados.
Para os atletas propriamente ditos, há hoje um nível satisfatório de confirmação, nível este que continua a crescer a cada ano. O treino intensivo e minucioso irá reduzir-se a uma única tentativa na disputa por uma medalha olímpica. E essa única tentativa pode reduzir-se a um milésimo de segundo. Uma dura vantagem para a qual é preciso preparação. Entretanto, podem pelo menos competir sabendo que o resultado capturado pela Omega Scan‘O’Vision Myria apresentará o padrão mais alto da história numa câmara de photo-finish.
Quando milhares de atletas e os seus animados adeptos viajarem para os primeiros Jogos Olímpicos no Brasil, o momento marcará a 27ª vez que a Omega assume o papel de Cronometrista Oficial do prestigiado evento. Da 1ª à 27ª, a aventura tem sido caracterizada por dedicação, paixão, experimentação e conquista. Mesmo com tanta tradição e experiência deslumbrante nas costas, é incrível pensar que a confirmação da glória ainda se reduzirá a uma única fotografia.
Imagine o que o solitário cronometrista da Omega de 1932 iria pensar sobre isto!
Great Olympic Moments In Time
E o que é o desporto, senão uma questão de sincronismo? Aquela fracção de segundo que separa o primeiro do segundo classificado ou então aquele sortudo jogador no lugar certo e na hora certa que marca o golo da vitória, faltando apenas alguns segundos para a partida terminar.
O desporto, em todas as suas diversas formas gloriosas, não é nada sem sincronismo, e, enquanto o mundo olha para o futuro e espera ansiosamente pelos Jogos Olímpicos do Rio de 2016, um novo livro, Great Olympic Moments In Time, volta ao passado para contar a história do estatuto de longa data da Omega como Cronometrista Oficial dos Jogos Olímpicos.
Do inspirador ao incrível, do prodigioso ao comovente, a Omega e os Jogos Olímpicos estiveram inextricavelmente ligados durante 26 edições.
E é isso que faz com que Great Olympic Moments In Time seja um livro admirável e revelador.
Não é apenas um registo histórico detalhado, que traça o papel essencial que a Omega desempenhou para desenvolver a cronometragem de precisão nas edições de Inverno e Verão das Olimpíadas, mas também um relato admiravelmente evocativo de alguns dos momentos mais impressionantes do desporto moderno.
É uma história fascinante, que começa em Los Angeles no ano de 1932, quando a Omega forneceu 30 cronógrafos calibre 1130 que foram utilizados em todos os 14 desportos. Foi uma inovação que mudou a face dos Jogos Olímpicos. Naquele ano, 17 recordes mundiais foram estabelecidos, com novas pontuações em todos os eventos de atletismo e em 10 de 11 disciplinas aquáticas. A cronometragem de precisão tinha chegado para ficar, e as Olimpíadas – e o próprio desporto – nunca mais seriam as mesmas.
Great Olympic Moments In Time inclui lendas olímpicas como Bob Beamon, Carl Lewis e Michael Phelps, além dos avanços revolucionários da cronometragem, que ajudaram a moldar, traçar e registar aqueles momentos que só ocorrem uma vez na vida. É um relato detalhado e surpreendente, franco e exaustivo.
No terceiro trimestre deste ano, a Omega estará no Rio para assumir pela 27ª vez o papel de Cronometrista Oficial das Olimpíadas. Hoje, em vez de um homem solitário com 30 cronógrafos, haverá várias centenas de cronometristas profissionais e operadores de dados, com 420 toneladas de equipamentos e quilómetros e quilómetros de cabos. Será completamente diferente de Los Angeles em 1932.
Curioso como os tempos mudam, não é?
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