Exclusivo

Conhaques, champanhes e até vodkas apostam na exclusividade, virando os seus produtos para mercados de luxo. Cada garrafa tem a sua própria história, emprestando valor acrescentado aos soberbos líquidos que guardam.

Quando ouvimos falar em Edição Limitada, vêm-nos logo à memória imagens de exclusividade a que vem associada qualidade. Esta designação aparece-nos normalmente ligada ao mundo dos relógios, distinguindo as grandes complicações com assinatura dos grandes mestres.

Mas o universo das chamadas Edições Limitadas é bem maior e chega também até nós quando se fala de grandes champanhes ou conhaques. E é precisamente sobre estes que aqui nos debruçamos, trazendo a público maravilhas únicas de bebidas e colheitas igualmente raras.

Louis_XIII_Black_Pearl_Mood_ShotIniciamos esta nossa viagem por aquele que é conhecido como ‘O Rei dos Conhaques’, o Louis XIII da Rémy Martin, produzido na região de Cognac, em França, e guardado e envelhecido em tonéis centenários feitos exclusivamente com o carvalho de árvores de uma floresta que se ergue ali bem perto, Limousin.

Iniciamos esta nossa viagem por aquele que é conhecido como ‘O Rei dos Conhaques’, o Louis XIII da Rémy Martin, produzido na região de Cognac, em França, e guardado e envelhecido em tonéis centenários feitos exclusivamente com o carvalho de árvores de uma floresta que se ergue ali bem perto, Limousin.

Claro que tanta exclusividade teria obrigatoriamente de estar associada a um conhaque de excelência, mas para além do clássico Louis XIII há ainda mais ‘exclusividade’.

Estamos a referir-nos ao Louis XIII Le Jeroboam, lançado a cada ano em edições muito limitadas e cuja garrafa é feita com 5 quilos de cristal em fusão e apresentada em estojo de carvalho.

E as Edições Limitadas não param por aqui. O Louis XIII Rare Casck tem a sua vida ligada a uma descoberta acidental. Durante uma prova descobriram um barril que despertou uma particular atenção devido ao facto de o seu teor alcoólico ser ligeiramente superior ao normal e também porque os seus aromas revelaram uma enorme intensidade a cogumelos, hortelã e outras notas do bosque.

O produto deste barril é apresentado numa garrafa num cristal negro muito raro e o seu gargalo é ornamentado por um metal precioso também raríssimo, o paládio.

Igualmente muito exclusivo é o Louis XIII Black Pearl do qual se fez uma série de apenas 786 garrafas provenientes de outro barril centenário e apresenta aromas a baunilha, frutos, nozes e flores. Estas garrafas distinguem-se pela sua cor de aço.

Depois desta incursão no exclusivo mundo dos conhaques, outra igualmente importante agora contemplando uma famosa marca mundial que apenas produz edições limitadas. Estamos a falar dos champanhes Armand de Brignac, feitos na casa Cattier, em Chigny-les-Roses, França.

Esta casa, estabelecida desde 1763, tem as suas vinhas na região de Champagne, em Chigny-les-Roses, na Cote des Blancs e no Vale de la Marne e tem no mercado produções limitadas de Brut Gold, de Rosé e de Blanc de Blancs.

As garrafas onde são apresentados são feitas com um processo totalmente artesanal e trabalhadas apenas por mulheres.

Também uma marca de vodka apostou numa edição especial. Estamos a falar da sueca Absolut que quis dar à sua icónica garrafa uma roupagem de prestígio. Para isso tem vindo a recorrer a artistas plásticos. E

m 1986, Andy Warhol foi o primeiro a criar uma obra de arte original para a Abolut, que agora celebra a criatividade e a pop art utilizando essa mesma pintura numa edição especial que passa a embelezar as suas garrafas. Parte das receitas da venda das garrafas que agora irão para o mercado, vai reverter para a Fundação Andy Warhol.

Neste exclusivo universo das edições limitadas percorremos exemplos de famosos conhaques, champanhes e até vodkas, todos eles de extrema qualidade a acompanhar os ecos destes produtos exclusivos e normalmente comprados a peso de ouro.

José Manuel Moroso integrou os quadros do EXPRESSO como jornalista e aí trabalhou em várias áreas durante mais de 20 anos. Foi durante muitos anos responsável pela famosa secção Gente (Expresso), substituindo Pedro d’ Anunciação, passou pela política, foi editor de desporto, editor dos Guias do Expresso e do Livro da Boa Cama e da Boa Mesa e editor da Sociedade. Especializou-se, também, em críticas de vinhos e a escrever sobre relógios. Transitou, depois, para o jornal Sol, acompanhando a anterior direcção do EXPRESSO, onde se manteve nove anos, até ao final de 2015.