Exemplo superior da capacidade criativa de Breguet, o modelo Rainha de Nápoles, reconhecível pela sua forma ovóide, representa a estética da manufactura dirigida a um público feminino. É um modelo histórico em evidência neste ano em que se festeja um duplo aniversário: dois séculos sobre o seu aparecimento e dez anos sobre o lançamento de uma colecção exclusiva.

O modelo Rainha de Nápoles, com a sua característica caixa em forma de ovo, é objecto de uma colecção requintada, cujos modelos se revestem de diversas roupagens numa simbiose elegante entre relógio e jóia. Trata-se de um dos modelos históricos da Casa Breguet, em destaque este ano por motivo de um duplo aniversário.

Por um lado, celebram-se dois séculos sobre o aparecimento do primeiro relógio Rainha de Nápoles, correspondente à encomenda a Abraham-Louis Breguet de um relógio de pulso para Carolina Murat, irmã de Napoleão Bonaparte. Por outro lado, passam dez anos sobre a iniciativa da manufactura em lançar uma colecção sob inspiração daquele emblemático modelo exclusivo para uma cabeça coroada.

MariaAntonieta_1783_07Rainha de Nápoles foi o primeiro relógio de pulso para uma rainha a honrar a galeria histórica de Breguet, a par de outras encomendas dirigidas ao prestigiado relojoeiro por parte de personalidades ilustres como a Rainha Maria Antonieta ou a Imperatriz Josefina.

O relógio identificado com o número 2639, encomendado em 1810, demorou dois anos a ser concluído e entregue à sua ilustre destinatária. Infelizmente, o seu rastro perdeu-se, e não há referência até à data em colecções particulares ou públicas. No entanto, graças aos arquivos Breguet foi possível recuperar essa valiosa memória patrimonial, com base no registo de todas as peças que Abraham-Louis Breguet cuidou de legar à posteridade.
Por sorte, os relojoeiros da Breguet descobriram a descrição técnica de um relógio fino e oblongo, dotado de complicação repetição-minutos, com termómetro, e adornado com uma pulseira feita de fios de cabelo e ouro destinado a ser colocado em redor do pulso. Isto numa altura em que os relógios de pulso – recorde-se – ainda não se usavam.

732-458Foi a partir das anotações do célebre relojoeiro que a Casa Breguet reinterpretou o histórico relógio para dar origem a uma colecção exclusivamente feminina, enriquecida com complicações mecânicas.

Assim se iniciou a colecção Rainha de Nápoles, lançada em 2002 e com desenvolvimentos aos dias de hoje. Trata-se de uma colecção autónoma – sublinhe-se -, por não corresponder a uma versão de um modelo masculino, mas por possuir um conceito e desenvolvimento próprios. Trata-se, pois, de uma colecção plena de passado, exclusiva de uma clientela feminina apreciadora de peças relojoeiras.

8908bb_5t_j70d00ddEntre as novidades da gama Rainha de Nápoles sobressai o modelo 8908BB/5J/J70 D0DD Reine de Naples com bracelete em fios de ouro. Pela primeira vez nas criações Breguet, o mostrador é de madrepérola negra do Taiti e as horas e minutos são indicadas no centro. Pequenos segundos excêntricos surgem nas 7 horas, havendo ainda uma janela de fases de Lua nas 12 horas, por cima do indicador de reserva de marcha. Uma máquina preciosa equipada com o calibre automático 537 DRL1, com escape de âncora suíço em linha e espiral plana, possui autonomia de 40 horas e um batimento ao ritmo de 21.600 alternâncias por hora. A luneta foi enriquecida com 117 diamantes corte brilhante, perfazendo um total de 0,99 quilates, a que se acrescenta um cabochão na coroa.

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