
Bebida de luxo, de reis e de príncipes, ela encerra, entre as bolinhas que sobem nas flutes, paladares mágicos que tornam cada momento único. O seu preço varia consoante a colheita e a fama, mas há garrafas que atingem valores astronómicos.
Com um grande ‘C’ de charme se escreve a palavra champanhe, bebida de reis e imperadores, imagem última do luxo e de momentos especiais, públicos ou íntimos, mas sempre solenes. A história da sua descoberta parece apontar a um homem, o monge beneditino Dom Pérignon (1668-1715), mas há quem defenda que o champanhe se descobriu a si mesmo.

Recuando muitos séculos no calendário da história, tudo pode ter começado com os romanos, já que se atribui a eles a plantação da vinha em França e por maioria de razão na região de Champagne, no nordeste deste país. Trouxeram a matéria-prima, a uva, mas até à dança febril das bolinhas que sobem nas ‘flutes’ haveria de faltar ainda muito.

Dom Pérignon, monge na abadia de Hautvillers e responsável pelas suas adegas, verificou que alguns tipos de vinhos fermentavam novamente depois de engarrafados, levando ao rebentamento de muitas garrafas. Os produtores vítimas de enormes perdas não sabiam o que fazer, mas Dom Pérignon foi fazendo experiências. Garrafas mais fortes e rolhas atadas com cordão de cânhamo foi a solução encontrada e, sem saber, ele acabava de descobrir o método de fermentação em garrafa ou método champanhês.
