A mais popular de todas as complicações relojoeiras é o desportivo por excelência. Nasceu na pista das corridas de cavalos, encontrou uso na aviação, operações militares, astronomia, medição de provas desportivas e afirmou-se como um acessório indispensável para todos os amantes da relojoaria. Falamos, claro, do cronógrafo.
O termo “cronógrafo” deriva das palavras gregas “chronos”, ou tempo, e “grafos”, que significa escrever. Até há pouco tempo, pensava-se que tinha sido o francês Nicolas Mathieu Rieussec a inventar o cronógrafo, em 1821. Mas sabe-se hoje que terá sido o seu compatriota Louis Moinet a registar, em 1816, um “compteur de tierces”, capaz de medir e registar tempos intermédios.
De qualquer modo, atribui-se a Rieussec o termo “cronógrafo”, literalmente “escrever o tempo”, nome que deu a uma máquina que, munida de aparo e tinta, ia inscrevendo num disco, através do ponteiro dos segundos, os tempos feitos pelos vários cavalos numa prova no Champ-de-Mars, em Paris. Assim, um cronógrafo é qualquer relógio que possa medir um tempo decorrido, utilizando um ponteiro de segundos independente.
Só em 1927, com um modelo Patek Philippe, surgiu um cronógrafo de pulso. Tratava-se de um exemplar mono-botão, accionado através da coroa. Pela mesma época, a Breitling inventa o botão de cronógrafo independente, que acciona e para a função de cronógrafo e, em 1932, a mesma manufactura apresenta um segundo botão, que serve para colocar “a zeros” os vários ponteiros.
No mesmo ano, a Omega inicia o desenvolvimento de relógios de pulso cronógrafos e empenha-se activamente na cronometragem desportiva a partir dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1932. Antes da II Guerra Mundial, também a Longines e a Heuer entram em força na cronometragem de competições desportivas.