Um símbolo duradouro do amor, romance e compromisso, o diamante tem fascinado a humanidade ao longo de vários séculos. Uma pedra preciosa, cujo nome deriva da palavra grega “adamas”, que significa invencível, e que tão bem se aplica ao diamante enquanto celebração do amor eterno.
Embora considerados “os melhores amigos das mulheres”, a verdade é que os diamantes fascinam o mais comum dos mortais, independentemente do género, possuindo uma longa história enquanto objectos de desejo. O amor do mundo por esta pedra preciosa teve inicio no século IV a.C, na India, onde os diamantes eram recolhidos dos rios e cursos de água do país.
Gradualmente, as gemas vindas de terras indianas começaram a chegar à Europa Ocidental nas caravanas que viajavam para os mercados medievais de Veneza. No inicio do século XV, os diamantes começaram a tornar-se populares no seio das elites europeias. A hegemonia da India enquanto fornecedor destas pedras preciosas terminou no principio do século XVIII, dando lugar ao Brasil, que dominou durante mais de 150 anos.
A história do mercado moderno dos diamantes começou no continente africano, com a descoberta, em 1866, de diamantes em Kimberley, na África do Sul. No final dos anos setenta, os produtores mundiais mais importantes desta gema eram a África do Sul, o Zaire (actual Republica Democrática do Congo) e a antiga União Soviética. Já em 1982, foi descoberta uma importante mina no Botswana, transformando este país no terceiro fornecedor mundial. Três anos mais tarde, a mineração mundial de diamantes conheceu uma expansão dramática com a descoberta de fontes na Austrália e de novos depósitos no Canadá (2000).
O esplendor dos diamantes é apreciado há séculos, mas nunca houve grande conhecimento cientifico sobre esta gema até ao século XX. A partir de então, o saber acerca desta pedra cresceu exponencialmente, através do trabalho de químicos, físicos, geólogos, mineralogistas e oceanógrafos. Só nos últimos 50 anos, os cientistas descobriram muito sobre como os diamantes se formam e como são transportados para a superfície terrestre.
Origem dos diamantes
O diamante é uma gema composta por um único elemento, o carbono, e teve origem no interior da Terra (entre os 100 e os 200 km), onde foi formado em condições extremas de alta temperatura (900 a 1300º) e pressão (45 a 60 kbar). Esta pedra foi, posteriormente, trazida para a superfície a partir de fenómenos de vulcanismo violentos, que se deram há várias dezenas de milhões de anos. De acordo com alguns estudos, os primeiros diamantes ter-se-ão formado há, aproximadamente, 2,5 bilhões de anos.

Devido à estrutura química e às condições em que é formado, o diamante é a substância natural mais dura conhecida pelo Homem, com dureza de valor 10 (valor máximo na escala de Mohs). Embora muitos acreditem que os diamantes são inquebráveis, a verdade é que, apesar de não serem frágeis e terem pouca tendência a sofrer fracturas, estes não são indestrutíveis. Assim, uma pancada forte, aplicada em determinadas direcções, pode dividi-lo. Isto deve-se ao facto de possuir clivagem e, desta forma, poder ser lapidado.
Classificação dos diamantes
(ver caixa). Embora o senso comum costume dar mais ênfase à cor e à pureza, o corte é a característica que mais interfere no visual do diamante. Este não diz respeito apenas ao formato da gema, mas também às proporções e simetria da pedra. É a qualidade do corte que vai determinar o quanto o diamante vai brilhar.
Até meados do século XX, não existia um critério de avaliação de diamantes. O Gemological Institute Of America (GIA) criou os 4 Cs como método para classificar as qualidades do diamante:
Cor (color)
Apesar de parecerem todos cristalinos, os diamantes possuem pequenos traços amarelos. As quantidades de traços são impactantes na cor e no valor da pedra. Os diamantes 100% cristalinos são raros; geralmente apresentam ligeiros matizes amarelados ou são de cores fortes. Estes últimos são chamados de diamantes fancy e podem ser amarelos, laranja, verdes, azuis ou vermelhos (os mais raros).

Pureza (clarity)
A claridade ou pureza da pedra é o factor de maior importância para estimar o seu valor. A maioria dos diamantes possui pequenos traços ou falhas minerais visíveis ou invisíveis a olho nú. A claridade do diamante é determinada pela quantidade de falhas presentes no cristal, já que diamantes sem falhas são raros.
Corte ou lapidação (cut)
O corte ou lapidação é parte fundamental para o processo de avaliação da pedra, o corte mais utilizado é o” brilhante”, aquele que mais reflecte a luz. Caso o corte não esteja bem feito, a luz pode não ser reflectida perfeitamente, tornando o diamante opaco e com pouco valor de mercado.
Peso (carat)
No caso das pedras preciosas, 1 quilate corresponde a 0,2 gramas. Assim, um diamante de 5 quilates pesa uma grama.
“Os diamantes são os mais valiosos, não só das pedras preciosas, mas de todas as coisas deste mundo”
Plínio, naturalista romano, primeiro século D.C.
Cuidados a ter com o diamantes
Apesar de ser o material mais duro conhecido pelo Homem, o diamante requer alguns cuidados. Assim, todas as jóias com diamantes devem ser mantidas em local seco e, de preferência, guardadas envoltas em tecido macio.
Perfume, produtos de beleza e a oleosidade da pele podem tornar a pedra opaca com o tempo. Por isso, é necessária uma limpeza constante com água corrente e detergente neutro para prevenir.
Tipos de corte/lapidação
