
Longe vai o tempo em que a alta relojoaria era um exclusivo masculino.
Ao contrário. Actualmente, o relógio mecânico é, cada vez, um must-have para a mulher cosmopolita. Um facto potenciado – e ao mesmo tempo a razão pela qual – por cada vez mais manufacturas apostarem em embaixadoras para promover as suas peças junto do público feminino.
A ligação da alta relojoaria às celebridades e personalidades influentes do mundo político e cultural não é de hoje. Basta pensar em Breguet para uma longa lista, com nomes como Napoleão ou Maria Antonieta, ganhar relevância na nossa mente. Nos últimos anos, esta relação assumiu contornos mais definidos, com inúmeras marcas relojoeiras a apresentarem figuras publicas como embaixadores.
Com esta mudança, cresceu também a aposta das manufacturas em embaixadoras que pudessem personificar os valores da marca e apelar a este novo mundo de potenciais consumidoras. Uma oportunidade de mercado consubstanciada pelo considerável aumento, não só do interesse das mulheres em alta relojoaria, mas também do seu poder de compra. Afinal, um relógio suíço de qualidade não é apenas mecânica artesanal numa caixa, mas também uma peça de moda e uma jóia.
Actualmente, quando uma marca lança um novo relógio usando um rosto famoso para o apresentar pode dar azo a um maior interesse e reconhecimento do público. A cobertura que uma embaixadora bem seleccionada traz pode ajudar substancialmente a marca, mesmo que indirectamente. Ou seja, as notícias e campanhas publicitárias até podem ser exclusivamente sobre a personalidade em questão, mas o seu carisma atrai atenção e aumenta a percepção do público feminino para a marca relojoeira.

Mas ser-se célebre, em muitos casos, não basta. É importante que a embaixadora escolhida possa ter alguma afinidade com a relojoaria e, se possível, com a própria marca. A juntar a isto uma boa imagem e eloquência e a receita para o sucesso parece estar lançada.