A ligação da Omega ao mar é longa e frutífera. A manufactura foi pioneira no que aos relógios de mergulho diz respeito e hoje, mais de 80 anos depois, continua a dominar os mares com modelos que aliam o design à técnica, tornando-se fiéis companheiros dentro e fora de água.

No nosso dia-a-dia somos inundados com informação sobre relógios de mergulho. Mas será que há tanta gente no mundo que pratique este tipo de desporto? É claro que a proporção entre o número de pessoas que mergulham e o número de relógios produzidos para o efeito tem uma diferença abissal. Até porque, hoje em dia, os profissionais do mergulho têm ao seu dispor equipamentos eletrónicos que lhes fornecem informações tão variadas como a profundidade, os tempos de mergulho ou os tempos de descompressão.

Mas uma coisa é certa, um bom relógio mecânico de mergulho possui uma aparência de estilo desportivo que o transforma no companheiro ideal para sair, nadar, e até usá-lo no quotidiano.

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Já se produzem relógios há centenas de anos, mas as preocupações com a proteção dos movimentos são mais recentes, tendo começado há cerca de um século. Foi em meados dos anos vinte e trinta do século 20 que surgiram estas preocupações.

As marcas relojoeiras tomaram consciência de que era necessário proteger as maravilhas mecânicas de inimigos como a poeira, a humidade, os choques e o magnetismo. E manufacturas como a Omega ou a Longines foram das pioneiras na construção de caixas preparadas para aumentar a longevidade dos relógios.

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A história da Omega ligada aos relógios de mergulho remonta ao ano de 1932, com o lançamento do modelo Marine, utilizado por Charles Beebe, detentor do record de mergulho na época, tendo mergulhado a uma profundidade de 10 metros.

O seu formato rectangular surgiu no auge do estilo Art Deco e permitiu que se utilizasse uma caixa dupla, em que uma alavanca de tensão permitia que a caixa externa fizesse pressão sobre o vedante de couro da caixa interior, de modo a que a água não pudesse penetrar no relógio.

O vidro em safira, uma raridade para a época, também garantia uma maior resistência. Este modelo foi lançado em aço e em ouro e, antes de sair para o mercado, foi testado intensamente, sendo que num dos testes permaneceu dentro de água durante 14 horas a uma profundidade de 135 metros sem deixar entrar água. Pensa-se que devido ao facto de ter que se retirar a caixa exterior para montar a corda, este modelo não teve o sucesso comercial merecido.

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Em 1948 surge a família Seamaster, mas ainda sem que se pudessem considerar relógios profissionais de mergulho, apesar de terem conseguido um grande volume de vendas. É em 1957 que se inicia a história de sucesso dos relógios Omega profissionais de mergulho, com o lançamento do Automatic Seamaster 300, sob a campanha publicitária “Desenhado especialmente para mergulhadores profissionais e amadores”.

A sua resistência à água estava garantida a uma profundidade de 200 metros, mas o nome 300 surgiu devido à sua performance ter superado todas as espectativas durante os testes de ensaio, resultado da excelente resistência do vidro e da coroa.

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O seu bisel rotativo unidireccional permitiu que vários mergulhadores pudessem calcular exatamente os tempos de mergulho e, na tampa de fundo, surgia gravado o cavalo-marinho, ícone que ainda hoje faz parte da família Seamaster como símbolo da alta resistência à água. Este símbolo foi inspirado pela imagem de Neptuno exposta em Veneza e foi especialmente desenhado para a Omega por Jean-Pierre Borle.

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Em 1970, surgiu um novo marco importante na ligação da Omega aos relógios de mergulho. Após quatro anos de desenvolvimento, a marca apresentou o sensacional Seamaster Professional 600, mais conhecido pelo nome de PloProf (Plongeurs Professionnels).

Passado um ano, veio para a ribalta o Seamaster Professional 1000, preparado para resistir até 1000 metros de profundidade, graças à sua caixa construída em monobloco e a um vidro mineral com uma espessura de 5mm.

Já no auge da era do quartzo, a Omega apresentou o Seamaster 120M Quartz, relógio usado pelo “Homem Golfinho”, Jacques Mayol, num mergulho livre de 101 metros, em que o mergulhador utilizou apenas o seu próprio fôlego.

Planeta Oceano

Desde 2011 que a Omega trabalha com a Fundação GoodPlanet alertando a opinião pública para a importância dos oceanos e partilhando a sua dedicação à sustentabilidade. Desta parceria nasceu um documentário ambiental produzido pelo fotógrafo Yann Arthus-Bertrand e Michael Pitiot (ver Turbilhão n.º1).

O filme Planet Ocean, que combina imagens aéreas e subaquáticas espectaculares, foi possível graças aos talentos dos melhores cinematógrafos subaquáticos, oceanógrafos e biologistas. Foi criado para mudar a forma como as pessoas olham para os oceanos e para as encorajar a imaginar a conservação e comissariado como responsabilidades partilhadas por todos na Terra.

Acerca desta parceria com a Omega e do documentário realizado, Yann Arthus-Bertrand afirma que “está na altura de olhar para as coisas directamente, de ilustrar e denunciar os perigos que ameaçam os nossos oceanos e consequentemente o nosso planeta. Este documentário não tem por objectivo moralizar, mas sim alertar consciências”.

Saiba mais na edição impressa da Turbilhão