Televisionado em directo para 33 países, incluindo Portugal, e visto ao vivo por mais de um milhão de pessoas, que se juntou, a 16 de Julho de 1969, no Kennedy Space Center, o lançamento do foguetão Saturno V, com a sua nave Apollo 11, foi o início da primeira viagem tripulada à Lua. A bordo, os astronautas Neil Armstrong, Michael Collins e Edwin “Buzz” Aldrin estavam oficialmente equipados com relógios de pulso Omega Speedmaster, cronógrafos de carga manual.
A viagem foi um êxito. Cinco dias depois, a 21 de Julho (já dia 22 em Lisboa), Neil Armstrong pisou solo lunar e a Humanidade deu um passo de gigante. Uma das edições do Omega Speedmaster comemorativas do meio século da ida à Lua é a Apollo 11 50th Anniversary Limited Edition, de que se vão produzir apenas 6.969 relógios.
Seguindo na senda do pioneirismo que norteia a Omega, um material especial, o ouro Moonshine™, de 18k, aparece na peça. Esta liga exclusiva da marca, em processo de ser patenteada, tem uma cor ligeiramente mais pálida que o ouro amarelo, oferecendo mais resistência à passagem do tempo.

A caixa, de 42mm, de aço, tem luneta de cerâmica negra polida, tem um aro de ouro Moonshine™ e inserções de Ceragold™ (outro material exclusivo da Omega) na escala taquimétrica. Já o mostrador possui duas zonas distintas: no centro, superfície cinzenta envernizada, e minuteria negra. Os índices são de ouro Moonshine™, enquanto o logótipo da Omega e os ponteiros têm aspecto vintage. Apenas o ponteiro central dos segundos do cronógrafo é revestido a PVD ouro Moonshine™.
Armstrong tinha-se esquecido do seu Omega a bordo do módulo lunar. Mas o seu companheiro Buzz Aldrin usava um no pulso quando desceu as escadas do Eagle, precisamente às 03:15:16 UTC, tocando também ele solo lunar. E o Omega foi o primeiro – e até hoje, único – relógio a ter estado na Lua. Tendo mesmo lá voltado em todas as alunagens que se seguiram. Isso incluiu as missões Apollo 12, Apollo 14, Apollo 15, Apollo 16 e Apollo 17. Até hoje, apenas 12 homens pisaram solo lunar, todos eles com um Speedmaster no braço, no exterior do fato espacial.
O Speedmaster Apollo 11 50th Anniversary Limited Edition possui, às 9 horas, no submostrador dos segundos, a imagem de Buzz gravada numa placa de ouro Moonshine™. Diferente dos outros índices, o das 11 horas ostenta estes algarismos, em Moonshine™, num tributo à missão Apollo 11.
No verso da caixa, a imagem de uma pegada de astronauta, gravada a laser numa placa revestida a preto e a imitar a textura do solo lunar. Ainda no verso, “THAT’S ONE SMALL STEP FOR A MAN, ONE GIANT LEAP FOR MANKIND”, a lendária frase de Neil Armstrong, é recordada, a letras de ouro Moonshine™. Cada relógio será numerado, de 1 a 6.969, acompanhando a frase APOLLO 11, 50th ANNIVERSARY e LIMITED EDITION. Outras referências no verso da caixa são NAIAD LOCK, Cal. 3861 e CO-AXIAL MASTER CHRONOMETER.
No interior, o Speedmaster Apollo 11 50th Anniversary tem um novo calibre de carga manual (OMEGA Co-Axial Master Chronometer Calibre 3861), cronógrafo, tão fiel quanto possível ao que Buzz tinha no pulso, o 1861. Mas, com todas as novidades tecnológicas Omega introduzidas nos últimos anos: escape co-axial, paragem de segundos para acerto fino, certificação Master Chronometer (a mais exigente na indústria, respeitante a precisão, comportamento cronométrico e resistência a campos magnéticos até 15.000 gauss).
O Omega Speedmaster Apollo 11 50th Anniversary Limited Edition é apresentado com bracelete de aço polido e escovado, com aspecto vintage, inspirado na 4ª geração do Speedmaster. O relógio vem num estojo ao estilo da NASA, com um bracelete suplementar de Velcro® e dois “patches” de tecido (50th anniversary / Apollo 11), duas placas gravadas (coordenadas do local da alunagem / sítio da alunagem e tempo). Mas o mais espectacular será o modelo à escala do módulo lunar, onde o relógio assenta.
Speedmaster, uma história única
É talvez o cronógrafo mais famoso do mundo. Desde logo, é o único relógio que se pode gabar de ter estado na Lua. O primeiro Omega Speedmaster foi produzido em 1957. A estética do mostrador era inspirada nos tabliers dos carros italianos da altura, com o branco e negro a funcionarem em contraste, para maior visibilidade. O primeiro modelo vinha equipado com um movimento Omega 321, também conhecido por Lémania. O nome “Speedmaster” derivava do taquímetro, a escala de medição de velocidade a partir de uma dada distância, que aparecia na luneta, a primeira vez que tal acontecia num relógio de pulso.

O primeiro Omega Speedmaster a atingir o espaço saiu da linha de produção em 1961 e foi usado pelo astronauta norte-americano Walter Schirra, de origem suíça. Ele tinha comprado o relógio para seu uso pessoal e levou-o ,em Outubro de 1962, para a missão “Sigma 7”, do programa Mercury. Schirra completou seis órbitas terrestres.
Por essa altura, a NASA começou a procurar um relógio de pulso “à prova do espaço”, com a função de cronógrafo, e comprou num retalhista perto de Houston dez modelos de marcas diferentes. Em 1964, vários desses cronógrafos tinham sido eliminados e a NASA pediu às seis marcas que ficaram que fornecessem cada uma dez novos relógios para uma série de derradeiros e extraordinariamente exigentes testes – gravidade variável, exposição a temperaturas extremas, vazio, humidade intensa, corrosão, choque, aceleração, pressão, vibração e ruído.

O Omega Speedmaster foi o único relógio a sobreviver aos testes da NASA e, a 1 de Março de 1965, foi declarado “qualificado para voo da NASA para todas as missões espaciais tripuladas”. Virgil “Gus” Grisson e John Young, a tripulação do Gemini 3, a primeira missão tripulada Gemini, já levavam no pulso Speedmasters. Nesse mesmo ano, na missão Gemini 4, um Omega Speedmaster Professional acompanhava Edward White no primeiro passeio norte-americano no espaço. O termo “Professional” foi acrescentado ao mostrador do Speedmaster em 1965, como referência aos profissionais da NASA, para quem o modelo se tinha tornado o relógio eleito.

Uma das histórias mais dramáticas envolvendo um Speedmaster e a missão espacial norte-americana ocorreu a 13 de Abril de 1970. Durante a missão Apollo 13, uma explosão danificou a principal fonte de energia, obrigando os astronautas a desligarem todos os instrumentos eléctricos, com excepção do rádio, para conservarem energia para as manobras necessárias ao regresso da sua cápsula à Terra. A precisão era o elemento-chave no accionar no momento preciso os foguetes suplementares, para correcção da sua trajectória, e a tripulação confiou nos seus Omega Speedmaster Professionals para iniciar e parar por 14 segundos precisos o queimar dos foguetes, permitindo-lhes fazer regressar a nave espacial avariada à Terra. “Houston, we have a problem”, a célebre frase dita a partir do espaço, teve afinal um desenlace feliz, também graças à fiabilidade de um relógio a quem a NASA, em reconhecimento, galardoou com o célebre Snoopy Award.