No ano em que celebra o centenário da colecção Panthère, a Cartier revelou, na boutique da Maison da Avenida da Liberdade, as novas peças que integram esta linha mítica.

Em 1914, a Cartier criou o seu primeiro motivo pantera num relógio de pulso. Inspirado pela natureza, o engaste abstracto branco e preto em ónix e diamantes inaugurou a utilização de manchas na joalharia e foi pioneiro nos contrastes do futuro estilo Art Déco. Nesse mesmo ano, Louis Cartier encomendou a “Senhora com Pantera” do ilustrador e pintor francês George Barbier. A aguarela, inicialmente utilizada como um convite à exposição, foi mais tarde usada pela Maison para as suas campanhas publicitárias.

6Uma “mulher pantera” tomava forma… mas quem era ela? Uma predadora, uma Amazona, um mistério, uma fantasia, uma musa, metade mulher, metade felina? A verdade é que se destacou, clamando pela sua independência e liberdade, e marcou a sua existência com uma feminilidade selvagem e bela.

5Para a Cartier, a primeira “mulher pantera” foi Jeanne Toussaint, colaboradora e musa de Louis Cartier. Original, criativa e exigente, Jeanne era uma fonte de inspiração inventiva que abordou o universo felino passo a passo. A directora criativa de alta joalharia da Cartier envolveu-se, assim, numa aura indisputável de elegância ao ditar o famoso “estilo Toussaint”.

DesenhosJeanne Toussaint marcou o tom e outras seguiram-se. A dinastia repleta de estrelas foi inaugurada pela Duquesa de Windsor, para quem a Cartier desenhou uma pantera de diamantes com manchas em ónix na forma de um anel cabochão, em 1948. Barbara Hutton, Princesa Nina Aga Khan, Daisy Fellowes e María Félix, apelidada de a “pantera mexicana”, continuariam a lenda. Estas femmes fatales, mulheres felinas e grandes clientes Cartier estavam constantemente na ribalta e as suas jóias reflectiam a sua presença ofuscante.

1A magia da pantera Cartier foi espalhada por esta sedução magnética, que a Cartier cristalizou numa forma sensual. E quase um século passado, continua a surpreender. Presente nos locais mais inesperados, a pantera é revolucionária, representando um estilo que desafia limites. Nos cruzamentos das influências ao mesmo tempo barrocas e anatómicas, minimalistas e estruturalistas, surge uma pantera actual, mais incisiva do que nunca, cujas formas evoluem através de novo savoir-faire, atitudes inexploradas e materiais sem precedentes.

8Figurativa, gráfica, brincalhona, gentil, selvagem, sensual, feroz ou cinética, a pantera Cartier de 2014, leal à sua aura joalheira audaz e sofisticada, oferece uma panóplia de surpresas, declinada em 56 peças onde a heroína reina com uma essência felina absoluta.

2Capturada em todas as suas atitudes, ela lança-se, ruge, salta, senta-se… sempre exibindo orgulhosamente o seu casaco de diamantes de corte brilhante, a majestosa reinterpretação das manchas ou pelagem, uma técnica reconhecida apenas à Cartier.

4

A Turbilhão é uma revista semestral, especializada na área da Alta Relojoaria e do Luxo.