Os italianos são mestres no design e construção de iates. Este Solaris 58 é uma mostra da competência dos estaleiros Serigi, construindo um veleiro que tem também boas prestações.

Dos famosos estaleiros Serigi, erguidos em 1974 na Lagoa de Veneza, no nordeste de Itália e junto ao mar Adriático, saem os iates Solaris, conhecidos pela excelência do design italiano e pela aposta dos seus engenheiros na solidez da estrutura.

A partir dos anos 90 do século passado, quando os estaleiros começaram a usar compósitos na construção dos seus iates, a resistência das embarcações aos seus piores inimigos – o vento e o mar – melhorou muito. Utilizando apenas fibra de vidro, a estrutura é construída em compósito e totalmente laminada, podendo ser reforçada com carbono.

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As prestações destes iates, construídos em zona de grande tradição marítima desde o tempo dos romanos, têm chamado a atenção do mundo e foi aqui, por exemplo, que o célebre designer neozelandês Bruce Farr, especialista em iates para grandes regatas, concebeu o Mascalzone Latino que entrou na America’s Cup.

E é precisamente dos estaleiros italianos Serigi que sai este Solaris 58, um desenho de Soto Acebal que quis dar prioridade ao conforto e ao luxo. Com linhas bastante atractivas, e delineado segundo um conceito de iate cruzeiro-regata, este Sorais com 58 pés mostra também, segundo o fabricante, excelentes prestações.

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Com uma tendência já instalada nos mais conhecidos estaleiros, a linha de proa mostra-se levemente invertida, o que soluciona em muito o corte das ondas, melhorando a acção do iate, ao mesmo tempo que faz aumentar o conforto ao deslizar nas águas. O casco, laminado em sanduíche e feito em fibra reforçada com carbono, confere grande resistência aos golpes de mar. O recurso a uma popa com uma plataforma hidráulica serve para facilitar o acesso à água, ao mesmo tempo que deixa a descoberto um considerável espeço onde se pode guardar uma lancha auxiliar sem necessidade de desmontarmos o motor.

No interior, somos desde logo surpreendidos com a boa luminosidade, fruto das inúmeras escotilhas. Depois de passado o espaço da mesa de cartas, temos a bombordo uma enorme mesa e sofá em L, enquanto a estibordo encontramos outro enorme sofá que serve também de cama. Uma boa cozinha, a estibordo, completa o primeiro cenário que nos recebe à entrada. Três camarotes duplos com boas dimensões esperam os passageiros, com destaque para o camarote do armador, a estibordo, que possui um sofá.

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Enfim, uma trilogia de conforto, luxo e prestações que fazem do Solaris 58 um veleiro superior onde o design italiano é uma constante em elegância.

Ficha Técnica

Solaris 58

  • Comprimento: 17,45 m
  • Calado standard: 3,20 m
  • Calado opcional: 2,85 m
  • Deslocamento: 19.500 kg
  • Superfície vela maior mais genoa: 189 m2
  • Motor: Volvo Penta D3 110 cv
  • Velocidade cruzeiro: 8,4 nós
  • Capacidade de combustível: 500 l
  • Capacidade de água potável: 700 l
  • Lugares com cama: 10
  • Camarotes duplos: 3
  • Camarote de proa: 2,44 m (comprimento); 2,97 m (largura); 1,97 m (altura)
  • Camarote de popa (2 camas) – bombordo: 2,56 m (comprimento); 1,73 m (largura); 1,92 m (altura)
  • Camarote de popa – estibordo: 3,50 m (comprimento); 1,72 m (largura); 1,92 m (altura)
  • Casas de banho: 3
José Manuel Moroso integrou os quadros do EXPRESSO como jornalista e aí trabalhou em várias áreas durante mais de 20 anos. Foi durante muitos anos responsável pela famosa secção Gente (Expresso), substituindo Pedro d’ Anunciação, passou pela política, foi editor de desporto, editor dos Guias do Expresso e do Livro da Boa Cama e da Boa Mesa e editor da Sociedade. Especializou-se, também, em críticas de vinhos e a escrever sobre relógios. Transitou, depois, para o jornal Sol, acompanhando a anterior direcção do EXPRESSO, onde se manteve nove anos, até ao final de 2015.